Na véspera de lançamento de filme e de viagem aos Estados Unidos nos quais discutirá o tema, o ex-presidente explica sua proposta
O debate global sobre como os governos devem tratar usuários e dependentes de drogas ganha nessa semana uma ofensiva inédita. Nas telas nacionais, estreará na sexta-feira, 3 de junho, o filme “Quebrando o Tabu”, no qual várias personalidades internacionais, como Bill Clinton e Paulo Coelho, propõem um novo modelo que não o da repressão policial e prisão de usuários. À frente do filme produzido por Luciano Huck e dirigido por Fernando Grostein Andrade está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que atua como uma espécie de âncora. Na mesma semana, FHC discutirá o tema nos Estados Unidos, em reuniões com grandes nomes da economia americana, como o ex-presidente do Banco Central americano Paul Volcker (confira detalhes nesse vídeo).Desde janeiro, quando lançou em Genebra a ONG Comissão Global sobre Políticas das Drogas, o ex-presidente brasileiro tem se dedicado a ampliar o debate. Ele usa sua experiência política para agregar nomes de peso e aumentar a visibilidade da proposta. E sua trajetória de professor de sociologia para lastrear o tema com argumentos históricos e sociais. Em entrevista ao iG, na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso, ele detalhou suas idéias. “Tem que haver repressão ao tráfico, mas vamos discutir como regular e reduzir o consumo”, disse o ex-presidente ao iG. “Não é uma questão de colocar na cadeia, porque cadeia é escola de crime.” Confira o segundo trecho da entrevista, na qual o presidente comenta a proibição em São Paulo da chamada Marcha da Maconha.
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