Ideia é que o rendimento da caderneta seja vinculado à taxa Selic.
Objetivo é evitar migração de aplicações com nova queda dos juros.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com a presidente Dilma Rousseff por cerca de cinco horas em Brasília para tratar do assunto. A ideia é que o rendimento da caderneta de poupança seja vinculado às oscilações da taxa Selic (assim, quando houver queda na taxa básica de juros, o rendimento da poupança também cairá e vice-versa).
Hoje, entre as características da caderneta de poupança estão risco zero e isenção de cobrança do Imposto de Renda e de taxas de administração. Por outro lado, seu rendimento é menor do que o de outros tipos de aplicação, cuja correção depende das variações da taxa Selic.
No entanto, com a queda dos juros básicos (Selic, que estão em 9% ao ano, o menor nível desde abril de 2010), a caderneta pode acabar se tornando mais atraente. Na poupança, está assegurado o rendimento de 6% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Nos fundos de investimento, a alíquota do IR varia de 15% a 22,5%, dependendo do tempo de aplicação.
A preocupação do governo é nesse sentido. Caso o rendimento da poupança se tornasse mais atrativo do que os fundos de renda fixa, a população, e até mesmo os grandes aplicadores, poderiam migrar para a caderneta - deixando o Tesouro Nacional com menos compradores dos títulos públicos (que são emitidos para pagar os papéis que estão vencendo).
O corte da Selic de 9,75% para 9% foi feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em abril. A mínima histórica, 8,75%, vigorou entre julho de 2009 e abril de 2010.
"À medida em que as taxas de juros vão se reduzindo, é razoável que sejam removidas algumas regras que são antigas, de um período em que a inflação era muito mais alta e as taxas nominais de juros muito mais altas", diz o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.
fonte g1
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