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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Renato Barcellar é preso pela polícia do Distrito Federal



Imagem: Divulgação
O advogado e jornalista parnaibano, Renato Bacellar, foi preso nesta quinta-feira (02) em Teresina durante operação deflagrada no Distrito Federal. Ele foi localizado à tarde no bairro Ilhotas, zona Sul. A prisão foi determinada para ser feita pela Polícia Civil do Distrito Federal por suposta irregularidade em contrato da Fundação Raul Bacelar, em Brasília.
Renato foi secretário de Governo do município de Teresina e atualmente exerce o cargo de procurador do município de Parnaíba, além de ser presidente da Fundação Raul Bacelar, que administra um museu.
O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, afirmou que Renato Araribóia Bacelar foi levado para a prisão no Quartel do Corpo de Bombeiros até que a Polícia do Distrito Federal consiga um voo para a viagem a Brasília levando Barcellar.
James Guerra informou que vieram de Brasília para efetuar a prisão de Renato Araribóia Bacelar um delegado e dois agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e a Delegacia Geral da Polícia Civil do Piauí formou uma equipe de um delegado e três policiais para ajudar na prisão.
Policiais civis realizaram no começo da manhã de quinta-feira a Operação Firewall, para cumprir sete mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, com o intuito de desmontar um grupo investigado por suposto desvio de verbas públicas.
Delegado veio do Distrito Federal para efetuar a prisão (Foto: Cidadeverde.com)
 
O esquema de corrupção teria começado em 2009, por meio dos recursos destinados ao Programa DF Digital, da Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Entre os principais alvos dos policiais está Jafé Torres, grão-mestre da instituição maçônica Grande Oriente do DF e um dos representantes da Fundação Gonçalves Lêdo (FGL). Os agentes estiveram na casa dele pela manhã, em Brasília, mas o acusado não foi encontrado. Torres já é considerado foragido pela polícia.
Outros quatro homens também estão foragidos e dois estão presos na Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco). Foram apreendidos computadores e documentos.
De acordo com a Deco, a FGL recebia cerca de R$ 34 milhões anuais para gerir o programa e promover inclusão digital à população do Distrito Federal. Mas, de acordo com as denúncias, a verba teria sido desviada e, com isso, o programa nunca apresentou resultados satisfatórios.
As investigações indicam ainda que a fundação subcontratava empresas com valores superfaturados para desviar dinheiro. A intenção da polícia é ouvir simultaneamente os suspeitos e localizar indícios que qualifiquem os crimes de peculato e formação de quadrilha.
O contrato milionário que a FGL assinou sem licitação com o Governo do Distrito Federal (GDF) é investigado pela Deco há dois anos. Em 2010, o contrato de gestão firmado entre a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP) e a FGL no Programa DF Digital custou R$ 32 milhões - R$ 5 milhões a mais do que o previso para o ano. O acordo firmado em 2009 previa que fossem aplicados R$ 135 milhões em cinco anos.
O Tribunal de Contas e o Ministério Público do DF também contestam o contrato firmado sem licitação. No ano passado, o MPDFT ajuizou uma ação contra uma ex-presidente da FAP por ilegalidades na contratação da FGL.
A ação aponta um prejuízo de pelo menos R$ 9 milhões aos cofres públicos em razão das irregularidades. Antes de ser gerido pela FGL, o DF Digital, criado em 2007, era mantido por um contrato firmado entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Universidade de Brasília (UnB).
Cerca de 90 policiais participaram da Operação Firewall. Até o momento, dois homens foram presos e cinco estão foragidos, entre eles Jafé.
Com informações do Meionorte.com / Cidadeverde.com e Correio Braziliense

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