Imagem: Divulgação
O advogado e jornalista
parnaibano, Renato Bacellar, foi preso nesta quinta-feira (02) em
Teresina durante operação deflagrada no Distrito Federal. Ele foi
localizado à tarde no bairro Ilhotas, zona Sul. A prisão foi determinada
para ser feita pela Polícia Civil do Distrito Federal por suposta
irregularidade em contrato da Fundação Raul Bacelar, em Brasília.
Renato foi secretário de Governo do
município de Teresina e atualmente exerce o cargo de procurador do
município de Parnaíba, além de ser presidente da Fundação Raul Bacelar,
que administra um museu.
O delegado geral da Polícia Civil, James
Guerra, afirmou que Renato Araribóia Bacelar foi levado para a prisão
no Quartel do Corpo de Bombeiros até que a Polícia do Distrito Federal
consiga um voo para a viagem a Brasília levando Barcellar.
James Guerra informou que vieram de
Brasília para efetuar a prisão de Renato Araribóia Bacelar um delegado e
dois agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e a Delegacia Geral
da Polícia Civil do Piauí formou uma equipe de um delegado e três
policiais para ajudar na prisão.
Policiais civis realizaram no começo da
manhã de quinta-feira a Operação Firewall, para cumprir sete mandados de
prisão e 15 de busca e apreensão, com o intuito de desmontar um grupo
investigado por suposto desvio de verbas públicas.
Delegado veio do Distrito Federal para efetuar a prisão (Foto: Cidadeverde.com)
O esquema de corrupção teria começado em
2009, por meio dos recursos destinados ao Programa DF Digital, da
Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Entre os principais alvos dos policiais
está Jafé Torres, grão-mestre da instituição maçônica Grande Oriente do
DF e um dos representantes da Fundação Gonçalves Lêdo (FGL). Os agentes
estiveram na casa dele pela manhã, em Brasília, mas o acusado não foi
encontrado. Torres já é considerado foragido pela polícia.
Outros quatro homens também estão
foragidos e dois estão presos na Delegacia de Combate ao Crime
Organizado (Deco). Foram apreendidos computadores e documentos.
De acordo com a Deco, a FGL recebia
cerca de R$ 34 milhões anuais para gerir o programa e promover inclusão
digital à população do Distrito Federal. Mas, de acordo com as
denúncias, a verba teria sido desviada e, com isso, o programa nunca
apresentou resultados satisfatórios.
As investigações indicam ainda que a
fundação subcontratava empresas com valores superfaturados para desviar
dinheiro. A intenção da polícia é ouvir simultaneamente os suspeitos e
localizar indícios que qualifiquem os crimes de peculato e formação de
quadrilha.
O contrato milionário que a FGL assinou
sem licitação com o Governo do Distrito Federal (GDF) é investigado pela
Deco há dois anos. Em 2010, o contrato de gestão firmado entre a
Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP) e a FGL no Programa DF Digital
custou R$ 32 milhões - R$ 5 milhões a mais do que o previso para o ano. O
acordo firmado em 2009 previa que fossem aplicados R$ 135 milhões em
cinco anos.
O Tribunal de Contas e o Ministério
Público do DF também contestam o contrato firmado sem licitação. No ano
passado, o MPDFT ajuizou uma ação contra uma ex-presidente da FAP por
ilegalidades na contratação da FGL.
A ação aponta um prejuízo de pelo menos
R$ 9 milhões aos cofres públicos em razão das irregularidades. Antes de
ser gerido pela FGL, o DF Digital, criado em 2007, era mantido por um
contrato firmado entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia e a
Universidade de Brasília (UnB).
Cerca de 90 policiais participaram da
Operação Firewall. Até o momento, dois homens foram presos e cinco estão
foragidos, entre eles Jafé.
Com informações do Meionorte.com / Cidadeverde.com e Correio Braziliense
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