O homem acusado de homicídio qualificado foi localizado na cidade de
Balsas-MA
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), por meio da Polícia
Civil, cumpriu, nessa terça-feira(27), o mandado de prisão mais antigo do
Piauí em aberto no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). O
homem estava foragido há quase 27 anos após assassinar uma mulher
na cidade de Manoel Emídio, região Sul do Estado.
Desde o início de 2023, a SSP-PI tem promovido um esforço concentrado
na análise completa dos mandados de prisão em aberto no Estado, por
meio do trabalho integrado entre as unidades de inteligência da SSP-PI
e PCPI com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí
(Vara de Execuções Penais).
Nesse trabalho, a equipe identificou o mandado em aberto mais antigo no
banco e dados e obteve êxito em localizar e prender o autor de um grave
crime de homicídio. Na noite de 27 de dezembro de 1996, a senhora Luiza
Maria da Conceição Jaques foi assassinada, a golpes de machado, enquanto
dormia em sua casa, na localidade Horto, zona rural de Manoel Emídio-PI.
O autor do crime, João Batista Rodrigues Soares, foi localizado e preso
ontem na cidade de Balsas-MA. Ele havia sido visto pela última vez no dia
do crime e chegou a tentar ocultar o cadáver da vítima, arrastando-a para
um matagal a dez metros da casa, onde provavelmente seria sepultada pelo
autor, não fosse a passagem de populares, que causou a fuga do assassino,
que deixou inclusive uma enxada próxima do corpo.
“Na época ainda não existia o crime de feminicídio, então o assassino foi
indiciado por homicídio qualificado. Porém, o processo estava suspenso
em razão da fuga do autor. Agora a Polícia Civil do Piauí o apresenta para
que responda perante o Poder Judiciário, na forma da lei, pelo crime
cometido”, explica o Diretor de Inteligência da SSP-PI, delegado Anchieta
Nery.
Os familiares da vítima foram comunicados sobre a prisão do assassino e
agradeceram o trabalho da Polícia Civil do Piauí. “Só tenho que agradecer
à Polícia Civil do Estado que prendeu ele. A gente ficou muito feliz pela prisão
dele, a gente ficou um tempo muito triste, mas a gente nunca perdeu a
esperança do trabalho”, disse Izaura Maria, irmã da vítima. “Naquela época
foi muito difícil pra todo mundo. Foi um crime completamente bárbaro,
que comoveu a família toda, ficou todo mundo muito triste. A Polícia Civil
mostrou que realmente a justiça tarda, mas não falha”, comemorou Charlene
Lima, sobrinha da vítima.
Segundo Anchieta Nery, a Secretaria de Segurança Pública continuará
empenhada na missão de localizar todos os foragidos e cumprir todas
as ordens do Poder Judiciário, contribuindo com a paz social e efetivação
da justiça. “Quase 30 anos após o crime, a família da vítima Luiza Maria
pode ter a tranquilidade de que esse delito não ficará impune”, finaliza.