| "Craconha" |
A Delegacia de Combate às Drogas fez uma das maiores apreensões do ano
em uma comunidade do Jardim América, no subúrbio do Rio, na noite de
terça-feira (13). Três homens foram presos. Com eles, além de crack e
maconha, foram apreendidos 450 saquinhos da droga desirré - conhecida
como "criptonita" e "craconha", conforme mostrou o Bom Dia Rio.
De acordo com a polícia, esta foi a maneira que os usuários encontraram
para consumir crack junto com maconha. Toda a droga estava em uma casa
abandonada. "São duas embalagens individualizadas e grampeadas que são
vendidas nas bocas de fumo da localidade Ficap, justamente para que o
usuário faça uso associado da maconha e do crack para potencializar os
efeitos das duas drogas", explicou a delegada Valéria Aragão, da
Delegacia de Combate às Drogas (Decod).
Os suspeitos, identificados como Darlan Nascimento, de 24 anos, Rafael
Nascimento, de 28 e André de Queiroz Araújo, de 29, também são
responsáveis por abastecer o tráfico das favelas de Furquim Mendes e do
Dique, ambas também localizadas no Jardim América.
Na ação, também foram encontrados três fuzis de brinquedo de paintball e
cerca de cem munições de diversas armas. Os três presos admitiram o
envolvimento com a venda de drogas. Eles foram autuados por tráfico,
associação para o tráfico e porte de munição de uso restrito.
O mesclado ou melado = crack + maconha - vida
Ele
dixavou cuidadosamente a maconha, a deixou quase como pó. Cortou o
papel, enrolou, abriu e colocou maconha nele. Com a tampa de uma caneta a
espalhou por igual. Então pegou o saquinho, o abriu com pressa. La
estava ela, a pedra. Começou a quebrar a pedra de crack em pequenos
farelos e a espalhou sobre a maconha, parou um pouco antes do final. –Na
pontinha é desperdício. Falou para si mesmo. E ele não queria
desperdiçar. Enrolou tal qual um baseado comum. Mas não era um baseado
comum, era um mesclado ou melado.
Acendeu um cigarro. Precisava do cigarro. Pois
com ele manteria o melado aceso, o crack apagava a maconha quando
derretida ela passa de sólido a liquido e então a vapor, este que é
tragado. Então o cigarro tinha que estar lá e a cada pega eram
encostadas suas brasas, ponta a ponta. Ainda assim, o lado que continha a
maconha cismava em queimar mais rápido. Ele pegava e passava saliva na
maconha com o dedo para evitar isso, não podia desperdiçar!
A
nóia já estava presente muito antes dele terminar o melado. Pensou que
assim se manteria longe da pedra, mas só pensava nela. Correu a pegar o
cachimbo, e o que dela restou, queimou.
A
nóia só fez crescer. Ele queria mais. A batalha teve inicio! O que
faria? Iria para a rua a buscar mais? Ligaria pedindo que lhe trouxessem
mesmo sendo mais caro? Enquanto tentava pensar, ia tateando tudo a sua
volta, verificando todos os vãos possíveis sempre a procura de algo que
não existia.
Pegou
a maconha e fez um baseadinho. Fumou. Se acalmou. Foi feliz, podia ter
morrido com tanta mistura! Aos poucos a fissura da procura se foi. Sabia
que não podia dirigir. Ligou... O numero tocou, tocou, tocou... Ninguém
atendeu.
Por
essa noite se salvou. A nóia não permitia que saí-se. O serviço de
entrega estava fora do ar. O destino fora bom com ele. Cabia a ele agora
ser bom com seu destino. Colocar em sua mente que a substituição não
adiantava, o caminho de sua libertação era se afastar, não por estar na
nóia, não por um telefone apenas tocar e sim... por ele se amar.
Fonte:G1.com
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