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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Dois (ou dez?) anos de Florentino Neto: Parnaíba Floresceu?!


Por:Fernando Gomes(*)
O presente artigo tem intenção de levar os parnaibanos à reflexão, em especial àqueles que fazem a gestão local, haja vista que Florentino Neto (PT) completa dois anos de mandato como prefeito da Parnaíba. O que se propôs a fazer? O que fez? Qual o seu legado? O que ainda pode ser feito?
Primeiro reiterar que ele está à frente da gestão há 10 anos. Sim, quatro como Chefe de Gabinete (2005-2008), quatro como Vice-Prefeito (2009-2012) e dois como Prefeito (2013-2014). O que isso tem a ver com o seu atual mandato? Muito. Pois a experiência e o conhecimento administrativo são elementos facilitadores de uma boa gestão. Logo, ele tinha isso a seu favor.
Inegável também foram as condições favoráveis em que encontrou o município: sem dívidas.
Reitero também que não há, da minha parte, deliberada intenção de macular a imagem do gestor como alguns bajuladores têm respondido às minhas críticas. Lembro que não estou aqui fazendo um julgamento, senão emitindo mais uma opinião sincera com a coragem de assinar embaixo. Não faço a crítica pela crítica, tampouco me escondo em notas apócrifas. 
Não falo da gestão atual por falar, fundamento, mostro que de fato há uma distância muito grande entre o que eles pregaram e o que eles estão fazendo. Pouca atitude e muita propaganda! Uma administração alçada ao poder com a promessa de “fazer diferente” e que hoje se iguala e, até diria que em alguns casos, está pior do que muitos governos que criticaram e denunciaram. Novo discurso, a mesma (velha) prática..., “as suas ideias não correspondem aos fatos, mas o tempo não pára”, disse Cazuza.
Isto é que causa indignação nas pessoas. Aqueles que deveriam estar na defesa dos interesses da sociedade, praticam o mal maior: usam o poder para a manutenção do projeto político que estão inseridos. Antes, usaram dos meios mais sórdidos para se elegerem. Ainda tramitam na Justiça Eleitoral ações de compra de votos e abuso do poder econômico no pleito de 2012. 
Mas, vamos nós, qual o grande feito da administração que gerencia aproximadamente R$ 320 milhões por ano? Multiplique por dois anos e vamos ter o montante que justifica a grande obra deste governo: a desocupação irregular do “inferninho” da Guarita e da Praça da Santa Casa. É muito pouco para quem dizia que ia “fazer diferente”, ia cuidar da cidade, ia cuidar das pessoas sem restrições e não politicar. O que temos visto nas mais diversas ações até aqui empreendidas pela Prefeitura é pura “politicagem”!
“Não há beleza em nenhuma obra se ela causa fome e dor”, alertou-nos Gandhi!
As pessoas querem dignidade e na maioria das vezes a administração sequer pensa nisso.
Projetos importantes do ponto de vista da qualidade de vida humana sendo irresponsavelmente abandonados. Não me canso de fazer referência ao caso do matadouro público que se tornou o símbolo da incapacidade e do desleixo gerencial. Não vou relacionar as obras inacabadas e as tantas outras prometidas e não executadas, acho que o momento é oportuno para uma avaliação de desempenho da gestão atual.
Ao contrário do que alguns desprovidos de senso imaginam não quero mal ao Florentino e muito menos à Parnaíba. Quero que a administração melhore. Desejo que aproveitem o momento para refletir e mudar o rumo. Aproveitem a eleição do governador Wellington e da presidente Dilma, todos do PT, para que possam destinar projetos estruturantes e que efetivamente melhore a vida da maioria dos parnaibanos.
Obstante a importância e o momento de se fazer uma avaliação de desempenho da gestão quero deixar claro que não sou competente para tanto, mas repito, trago a sugestão de que a façam. Não somente agora, mas que seja uma prática corriqueira da administração. Nesta perspectiva, a avaliação de desempenho traz benefícios no conjunto das ações que o poder público deve(ria) realizar...
Avaliação de desempenho é uma ferramenta indispensável no contexto organizacional nas instituições públicas e privadas. É um instrumento de trabalho que se consolida como uma necessidade relacionada ao comportamento ético institucional, especialmente para as organizações que atuam na esfera pública que precisam dar uma resposta à sociedade com bons resultados de suas ações. 
É indispensável para as organizações em que haja comprometimento com os princípios de legalidade e eficiência na prestação de serviços ao cidadão.
A política nos reserva surpresas, fatos tácitos, decepções, alegrias, tristezas, enfim uma mescla de sentimentos, talvez por isso mesmo encante e desencante a tantos. Eu continuo acreditando que “dá para fazer diferente”. Defender aquilo que acreditamos nos faz realizados e motivados. Fazer política é ter os opositores como adversários e não como inimigos. Não sou inimigo, sou adversário do mal!!! 
James Clarke nos lembra: “Um político pensa na próxima eleição; um estadista, na próxima geração”. Ainda dá tempo.Vamos pensar na próxima geração?!

(*) Fernando Gomes, sociólogo, eleitor, cidadão e contribuinte parnaibano.
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