LUCAS SOUSADepartamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou que um adolescente esteve envolvido no assassinato da jovem Silvana Rodrigues de Sousa, cujo corpo foi encontrado esquartejado e enterrado na zona sudeste de Teresina (PI) no dia 26 de junho de 2024. O delegado Bruno Ursulino revelou que o adolescente, ainda não apreendido, prestou depoimento nesta quarta-feira (24) e admitiu sua participação no crime, indicando inclusive a pá utilizada para cavar a cova na Vila da Guia.
"Um menor foi intimado para que ele pudesse ser ouvido. Ele de fato confirma que está envolvido ativamente, que providenciou como a mulher morta foi levada ao local onde estava escondida. Ele afirma para nós que cavou o buraco e reconhece uma pá usada. E afirma ativamente dizendo como foi a parte dele no esquartejamento", explicou o delegado.
Os suspeitos já presos acreditavam que Silvana estava fornecendo informações da Vila da Guia para uma facção rival, apesar de não haver evidências de seu envolvimento com facções. Silvana tinha apenas se relacionado com pessoas ligadas a facções.
Nesta quarta-feira (24), o DHPP prendeu mais um suspeito de envolvimento no crime. Márcio, como foi identificado, teria indicado a casa abandonada onde o assassinato aconteceu. Esse imóvel era usado como ponto de consumo de drogas na Vila da Guia, onde ele e outros suspeitos moravam. Silvana também residia na mesma vila.
"O Márcio se encontrava na casa dele. Ele mora na mesma região em que a Silvana foi encontrada morta e faz parte da facção que predomina na região. O Márcio foi procurado pela Maria Clara (apontada como a mandante do crime) a fim de que ele apontasse o local do ‘tribunal do crime’. Ele afirma que não se envolveu para além disso; a gente vai avançar nas investigações para saber se este relato dele é verídico ou não", afirmou o delegado.
Maria Clara Sousa, a principal suspeita de ser a mandante do crime, foi presa em 8 de julho de 2024 em sua residência na Vila da Guia. No dia seguinte, Josenilton, suspeito de ordenar a morte de Silvana, foi preso. Maria de Fátima, proprietária da casa onde o crime ocorreu, também foi detida. A casa era um ponto de uso de drogas.
As investigações do DHPP revelaram que Silvana não fazia parte de facções, mas mantinha relações com uma pessoa ligada a uma facção rival dos suspeitos. Isso gerou suspeitas de que ela estivesse agindo como "olheira" para o grupo rival. Durante o "tribunal do crime," Silvana confessou seu relacionamento, mas negou estar passando informações.
"Por essa desconfiança, planejaram toda a atrocidade contra Silvana, onde Maria Clara inventou que teria um programa para ela fazer e a atraiu, no domingo, para dentro da casa (onde o crime aconteceu). Eles conseguiram a confissão da Silvana de que se envolvia com uma pessoa, não a confissão de que estava passando informações", detalhou o delegado Bruno Ursulino.
Silvana Rodrigues de Sousa era conhecida por seus frequentes desaparecimentos e era dependente química. Ela havia passado por internações em centros de acolhimento feminino.
Silvana foi vista pela última vez em 23 de junho de 2024. Em 24 de junho, o delegado Bruno Ursulino realizou buscas na Vila da Guia, sem sucesso. No dia 25, o DHPP, com a ajuda de cães farejadores do Corpo de Bombeiros do Ceará, encontrou o corpo esquartejado em sacos, enterrado em uma cova de aproximadamente um metro de profundidade.
Com informações do Clube News
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