A Polícia Civil do Piauí revelou novos detalhes sobre a morte de Emilly Yasmyn Silva Oliveira, de 24 anos, encontrada carbonizada em um terreno na zona Sul de Teresina. Dois homens, Hilton Carvalho e Carlos Roberto, foram presos e confessaram participação no crime, que chocou a capital pela brutalidade.
Emilly, que trabalhava como garota de programa e morava em Pernambuco, estava em Teresina passando alguns dias. Na noite do desaparecimento, ela havia solicitado uma corrida no bairro Dirceu para retornar ao local onde estava hospedada. Durante o trajeto, foi chamada para outro programa, no valor de R$ 1.500, e pediu ao motorista para seguir até o novo endereço.
O condutor, que alertou a jovem sobre o perigo da região, relatou que foi enganado pelos suspeitos, que prometeram pagar a corrida, mas não o fizeram. Emilly desceu do carro e entrou na residência, sendo vista pela última vez naquele momento. Seu corpo foi encontrado carbonizado em um terreno próximo.
O delegado Jorge Terceiro, responsável pelo inquérito, informou que Hilton confessou ter matado a jovem após uma discussão sobre o pagamento do programa. Ele teria oferecido um valor menor do que o combinado, o que gerou o conflito. Hilton relatou que aplicou um “mata-leão” e depois utilizou um fio de cobre para estrangulá-la. Carlos Roberto, dono da residência, teria ajudado na ocultação e incineração do corpo.
“Eles incineraram o corpo para eliminar vestígios que pudessem comprovar outras violências, inclusive sexual. Não descartamos que ambos tenham atuado juntos também na execução direta do feminicídio”, afirmou o delegado.
A dupla foi presa em flagrante no último sábado (06/12) e teve a prisão convertida em preventiva. Ambos responderão por feminicídio majorado e ocultação de cadáver. A polícia ainda investiga a participação de uma terceira pessoa, proprietária do veículo supostamente usado para transportar o corpo e comprar gasolina.
Os laudos do IML devem confirmar oficialmente a identidade da vítima e apontar a causa da morte. O pai de Emilly esteve no Instituto Médico Legal nesta segunda-feira (08/12), onde também prestou depoimento ao DHPP.
A investigação segue em andamento para esclarecer todos os detalhes e individualizar a conduta dos envolvidos.
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