Carros na praia e poluição luminosa ameaçam a sobrevivência de tartarugas marinhas no Piauí | Instituto Tartarugas do Delta
Recentemente, o nascimento de tartarugas marinhas maravilhou os banhistas que estavam nas praias do Coqueiro e do Arrombado, em Luís Correia, litoral piauiense. No entanto, você sabia que algumas ações humanas, além da poluição, são prejudiciais para a sobrevivência desses animais? Werlanne Mendes, bióloga marinha e integrante do Instituto Tartarugas do Delta, reforçou a importância da educação ambiental para a população.
O Instituto, que é Organização Não Governamental (ONG), atua no trabalho de manejo e conservação de tartarugas marinhas e educação ambiental na região na região da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Conforme a bióloga marinha, o local realiza o trabalho de conservação através do monitoramento de praia, ações educativas com público escolar e atividades de envolvimento comunitário (oficinas de artesanato, ciclo de palestra, roda de conversa).
“Para trabalhar a sensibilização ambiental na comunidade, promovemos vivências de campo, para as pessoas conhecerem de perto o trabalho de conservação, realizamos exposições fotográficas, oficinas de capacitação e de envolvimento comunitário. Além disso, buscamos disponibilizar conteúdos que possam orientar sobre a conservação e boas práticas de sustentabilidade”, disse Werlanne Mendes.
Perigos para as tartarugas: “As principais ameaças no litoral piauiense são os veículos na praia e a fotopoluição (iluminação artificial de forma inadequada)”, completou a bióloga. Com a poluição luminosa, as tartarugas com dificuldade de retornar para o mar, por isso é importante ter o apoio dos proprietários de bares, restaurantes e pousadas para instalação de lâmpadas com proteção para evitar que o foco luminoso seja direcionado para o mar.
Ela afirmou que o litoral do Piauí está dentro de uma unidade de conservação federal de uso sustentável.
“Nessa região tem como atividade econômica o turismo e a pesca. A presença das tartarugas marinhas é um indicador de um ambiente saudável! Proteger as praias de desovas significa cuidado com o ecossistema, qualidade de vida e desenvolvimento socioeconômico”, disse.
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