Aviso: Este
post contém imagens extremamente fortes sobre as consequências no uso
desta droga. Elas podem ser chocantes e desagradáveis para algumas
pessoas.
Uma
droga barata, que está sendo consumida por um número cada vez maior de
pessoas e tem efeitos colaterais bizarros. Essa é a krokodil (que em
russo significa crocodilo), uma alternativa ao uso da heroína que está
fazendo vítimas por toda a Rússia.
O
nome vem de uma das consequências mais comuns ao uso, a pele da pessoa
passa a ter um tom esverdeado e cheia de escamas, como a de um
crocodilo. Ela é a desomorfina, um opióide 8 a 10 vezes mais potente que
a morfina. O problema maior nesta droga russa é a maneira como o
produto é feito.
O
krokodil é feito a partir da codeína, um analgésico opióide que pode ser
comprado em qualquer farmácia russa sem receita médica, assim como
acontece com analgésicos mais fracos no Brasil. A pessoa sintetiza a
droga em uma cozinha usando produtos como gasolina, solvente, ácido
hidroclorídrico, iodo e fósforo vermelho, que é obtido de caixas de
fósforo comuns, além dos comprimidos de codeína.
Logicamente
nenhum destes ingredientes é ideal e o produto final não é nem um pouco
puro, mas o resultado para o usuário é satisfatório. A consequência de
se colocar tantos produtos químicos na veia é a irritação da pele, que
com pouco tempo passa a ter uma aparência escamosa. A área onde o
krokodil é injetado começa a gangrenar, depois a pele começa a cair até
expor os músculos e ossos.
Casos
de viciados precisando de amputação ou da limpeza de grandes áreas
apodrecidas em seus corpos são cada vez mais comuns em salas de
emergência dos hospitais daquele país. A dificuldade em se combater o
uso desta droga está na pouca ajuda que o governo dá a centros de
reabilitação e na grande facilidade na produção, afinal basta uma
cozinha e o conhecimento de como se “cozinhar” o produto. Largar o
krokodil pode ser uma tarefa extremamente difícil. A desintoxicação é
muito lenta e o usuário sente náuseas e dores por até um mês, sendo que
conseguir uma nova dose é muito fácil. Sequelas físicas e mentais do uso
contínuo do krokodil podem ficar para sempre.
O
krokodil pode acabar matando o usuário recorrente em mais ou menos 2
anos e são raros os casos de pessoas que se livraram do vício. A
migração deles de uma droga para outra é explicada pelo valor da dose.
Cada uso de heroína pode custar na Rússia 150 Dólares (270 Reais), já o
krokodil custa em média 8 Dólares (aproximadamente 14 Reais). Um
problema na alternativa mais barata é a duração dos efeitos, que são
muito menores.
Enquanto
os efeitos da heroína podem durar 8 horas, o krokodil dura com sorte 90
minutos. Como produzir a droga leva mais ou menos uma hora, a pessoa
passa a viver apenas para produzir e injetar.
No
Brasil, a codeína é vendida apenas com receita médica, mas na Rússia o
produto é o analgésico mais popular do país. Usada por praticamente a
metade da população, ela é responsável por cerca de 25% do lucro de
algumas farmácias. Por este motivo a indústria farmacêutica e os
empresários do ramo lutam para que o governo não torne a droga restrita à
venda com prescrição.
Outros
países onde a codeína é vendida sem receita são o Canadá, Israel,
Austrália, França e Japão. Neles existe um grande risco do krokodil se
tornar uma epidemia como a que atinge atualmente a Rússia. Abaixo você
verá dois vídeos mostrando os resultados nefastos do uso desta droga.
Eu
poderia terminar este texto dizendo que ninguém deveria usar esta droga
sequer uma vez, mas ninguém procura uma alternativa tão tóxica e mortal
porque vai usar só uma vez. Usuários de krokodil já estão migrando de
outras drogas pois não podem sustentar o próprio vício. O melhor
conselho que qualquer pessoa pode lhe dar é para que você jamais
experimente nenhuma droga ilegal.
Fonte: Chamada Geral Parnaíba
Copiar e não citar a fonte, além de má educação, é ilegal.
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