A cabeleireira Tatiana
Ferreira, 20 anos, esteve na delegacia de Barras (a 119 km de Teresina),
na noite deste sábado(08) para prestar esclarecimentos sobre o suposto
aborto, que teria sofrido dentro do banheiro do hospital municipal da
cidade, no início da manhã. Para ser liberada, ela pagou uma fiança de
R$ 600. Ela teria abortado um feto de aproximadamente sete meses, ao
usar o banheiro para urinar.
Tatiana
afirmou em depoimento à polícia que não sabia que estava grávida, já
que sua menstruação estava normal, descendo todos os meses. Ela disse
que no início da manhã deste sábado(08), estava na casa dos pais em
Barras e sentiu uma forte cólica e mesmo tomando o remédio [Buscopan]
não teria passado, por isso resolveu ir até o hospital. Ao chegar, foi
informada que o médico estava de saída e não iria poder atendê-la. Ela
disse então, segundo o depoimento, que iria ao banheiro.
“Segundo
ela relatou, ao chegar ao banheiro ficou de cócoras no ralo do chuveiro
e quando vou foi o feto descendo. Ela disse ter ficado agoniada e pediu
ajuda a uma senhora na enfermaria, para que arranjasse um absorvente.
Ela disse que a mulher a orientou para ir embora, porque ela iria se
complicar, já que tinha abortado. E assim ela saiu deixando o feto lá”,
contou a escrivã da Delegacia de Barras que tomou o depoimento de
Tatiana.
Ainda
em depoimento, a cabeleireira afirmou que não sentiu nenhum sintoma de
gravidez, menstruava normalmente, não sentia o bebê mexer e que não
teria motivos para abortar. Segundo a escrivã, Tatiana supostamente não
conhecia nome de remédios abortivos.
Ela
foi conduzida à delegacia por policiais de plantão e depois prestar
depoimento, garantir que iria comparecer ao Instituto Médico Legal (IML)
em Teresina para fazer exame e pagar uma fiança de R$ 600 voltou para a
residência dos pais. Até a noite de ontem, ela não teria feito a
curetagem.
“Ela
disse que só sentia fortes dores na barriga, toda vez que menstruava.
Por ela ser gordinha, ela disse que não percebeu nenhuma mudança no seu
corpo”, explicou a escrivã.
A
polícia vai investigar se o aborto foi espontâneo ou criminoso.
"Tatiana disse que vai colaborar com a polícia, fazendo os exames
ginecológicos. Vamos aguardar", finalizou a policial, que não se
identificou.
fonte:
Caroline Oliveira
carolineoliveira@cidadeverde.com
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