A declaração foi feita durante audiência no Ministério Público do Piauí.
Para Elói, a solução está na criação de centrais de medidas cautelares.
O encontro tinha por objetivo possibilitar discussões sobre a crise do sistema prisional piauiense. Segundo Elói Pereira, “existe um contraditório muito grande nas prisões do estado. Ao mesmo tempo em que faltam vagas para detentos, há várias obras inacabadas dentro das unidades prisionais”, explicou.
Audiência pública discute sistema prisional no Piauí (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
A exemplo desse caso, o promotor citou o atraso na conclusão da
construção de dois pavilhões na Casa de Custódia. “Essa obra está parada
há dois anos. Existem milhares de presos amontoados em celas pequenas e
os pavilhões não ficam prontos”, disse.Outro fator que resulta na precariedade do sistema prisional, conforme Pereira, são os projetos que não saem do papel. “Há recursos federais para a execução da obra na penitenciária Major César. O dinheiro já está na conta do Governo do estado, entretanto, não entendo porque o projeto não foi tirado do papel ainda”, falou. Para ele, somente o secretário de justiça do estado, Henrique Rebelo, poderá falar sobre o atraso dessas obras.
Além disso, o magistrado mencionou que uma das soluções para o sistema de prisional, além da abertura de vagas, seria o retorno de agentes penitenciários que estão cedidos para outras secretarias. “Reclamam da falta de agentes, mas descobrimos que há vários exercendo funções em outras secretarias. O retorno desses servidores ajudaria a melhorar a situação”, explicou.
Pereira contou ainda que a solução desse problema está na criação de centrais de medidas cautelares.
Participaram da audiência, o corregedor de justiça, Paes Landim, o procurador Federal, Kelston Lages, e um representante do sistema prisional do Rio de Janeiro, Itaiguara de Sousa.
Secretário de Justiça rebateSobre as críticas feitas pelo promotor, Rebelo negou que as obras estejam paradas. “Isso não é verdade. As obras estão sendo executadas e em breve entregaremos os pavilhões”, contestou o secretário de justiça do Piauí.
Secretário de Justiça rebate críticas feitas pelo promotor (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Rebelo disse ainda que não há agentes penitenciários assumindo cargos
comissionados na secretaria. Segundo ele, se o promotor encontrou essa
situação, foi em outras secretarias.O secretário de Justiça voltou a citar que os problemas prisionais não acontecem apenas no Piauí. “Esse problema existe em todas as penitenciárias do país. Por isso estamos trabalhando para melhorar nosso sistema. As duas últimas rebeliões ocorridas na Casa de Custódia, por exemplo, não resultaram em mortes. Enquanto isso, em outros presídios, dificilmente isso acontece”, finaliza.
fonte: g1 piaui
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