E-mail alerta para o
perigo das sandálias importadas da China. O texto vem acompanhado de
imagens de alguém com os pés feridos em decorrência de uma alergia ao
produto! Verdadeiro ou falso?
A corrente e as imagens
dos pés de uma vítima de um produto falsificado circulam pela web desde
julho de 2011 e, aqui no Brasil, apareceu no final daquele mesmo ano. O
texto afirma que a pessoa nas fotos teve uma reação alérgica ao usar
sandálias feitas na China.
Veja abaixo algumas das fotografias, leia um trecho do texto que acompanha as imagens e veja o que descobrimos:
“Estão chegando ao Brasil para esse verão. Fiquem alertas!!!
Profissionais da saúde
estão recomendando: Muito cuidado com tudo que for ‘Made in China’,
principalmente produtos que tiverem corantes amarelos, vermelhos e
laranja. Isso inclui brinquedos, sabonetes, géis, desodorantes,
vestuário etc…. Veja só:
As sandálias
falsificadas havaianas ‘made in China’ são feitas com resinas e
elastômeros plásticos tóxicos provenientes de recipientes usados para
armazenar agrotóxicos, e são pintadas com tinta tóxica com altíssimo
teor de chumbo. O efeito é catastrófico!!! Alerte seus amigos e
familiares!!!”
As fotos
As imagens são reais! As
feridas ocorreram com a americana Kerry Stiles, em Ocklawaha, na
Florida. Em junho de 2007, a moça comprou um par de chinelos em uma das
lojas da rede de supermercados WalMart e, depois usá-lo por algum tempo,
começou a sentir coceiras que viraram erupções cutâneas no local onde
as correias das sandálias encostaram-se em seus pés.
Em Março de 2011, 3
meses depois da denúncia, a rede Walmart mandou tirar das prateleiras
todos os chinelos made in China. De acordo com a agência de notícias
WKYT, o Walmart tomou a decisão depois de saber que outros clientes
também haviam tido alergia ao entrarem em contato com o produto.
Encontramos em um artigo
publicado no site da FoxNews também no mês de Março de 2011, onde a
jornalista Tina Benitez havia contabilizado 10 vítimas do “chinelo
venenoso”. Na mesma matéria, o Dr. Nanette Silverberg, diretor de
dermatologia pediátrica e do adolescente no Beth Israel Medical Center –
em Nova York – explica que o numero de pessoas que apresentaram
problemas na pele depois do uso da sandália foi muito pequeno se
compararmos com a enorme quantidade de pares vendidos nos EUA (foram
vendidos 7 milhões de “Havachinas” e segundo ele, “apenas” 10 sofreram
reações alérgicas (claro que o numero deve ter sido bem maior!).
O doutor também afirma
que as pessoas alérgicas ao látex dos chinelos podem sofrer esse mesmo
tipo de reação a outros produtos a base desse material.
O texto
Como o texto não está
datado, a impressão que fica é que as tais “Havachinas” estariam
chegando agora. No entanto, como mostramos lá no começo do post, o texto
é de 2011.
Em seguida, o autor da versão brasileira da corrente afirma:
“Profissionais da saúde
estão recomendando: Muito cuidado com tudo que for ‘Made in China’,
principalmente produtos que tiverem corantes amarelos, vermelhos e
laranja. Isso inclui brinquedos, sabonetes, géis, desodorantes,
vestuário etc…. “
Os parágrafos seguintes também deixam o leitor apavorado em com mais dúvidas:
“As sandálias
falsificadas havaianas ‘made in China’ são feitas com resinas e
elastômeros plásticos tóxicos provenientes de recipientes usados para
armazenar agrotóxicos, e são pintadas com tinta tóxica com altíssimo
teor de chumbo. O efeito é catastrófico!!!”
Encontramos no site da
Dra. Shirley de Campos uma matéria interessante sobre esse tipo de
alergia, chamada de Dermatite de Contato. De acordo com a doutora, o
látex não é o único agente causador dessa alergia. Para o tratamento, a
Dra. Shirley aconselha uma ida ao médico.
Não se pode negar que
muitos produtos importados têm a qualidade inferior aos nacionais. Há
vários relatos de consumidores que se sentiram lesados por terem
adquirido produtos made in China. Apesar disso, não encontramos nenhuma
notícia de vítimas desse tipo de alergia causado em brasileiros. “Alerte
seus amigos e familiares!!!”
Fonte: poluentesorganicos.com.br)
Fonte: poluentesorganicos.com.br)
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