Uma investigação sobre a
morte de uma estudante de medicina britânica de 23 anos concluiu que ela
morreu após ingerir um agrotóxico que comprou pela internet como pílula
para emagrecer.
Sarah Houston, da cidade de Chesham, na Inglaterra, foi encontrada morta em seu quarto em setembro do ano passado.
Apesar
de proibido para consumo humano, o DNP (cujo composto ativo é o
dinitrofenol) está disponível para compra online por seu uso legítimo
como herbicida.
Os
pais da jovem, Geoff e Gina Houston, disseram à BBC esperar que a morte
de Sarah sirva de alerta para o perigo do consumo do DNP por outras
pessoas.
'Esta
é a terceira morte nos últimos seis meses. O consumo deve ser muito
mais amplo do que imaginamos. Queremos que as pessoas saibam que estão
correndo um grande perigo', disse o pai da jovem.
Ele
fez ainda um apelo aos fornecedores da substância que estão oferecendo o
produto em cápsulas de emagrecer para compra online.
'Por favor, por favor, parem, se vocês tiverem alguma noção de decência. Essas pílulas estão matando pessoas', apelou Geoff.
A
mãe, tentando justificar por que a filha recorreu à substância para
emagrecer, contou que Sarah tinha um problema de autoestima, se achava
acima do peso e se recuperava também de uma bulimia.
'Ela se achava gorda, apesar de nunca ter sido', disse ela.
Falência dos órgãos
Gina explicou que o DNP age acelerando o metabolismo do organismo e aumenta a temperatura corporal para queimar gordura.
'Basicamente,
isso leva à falência dos órgãos. É um caminho sem volta, você cozinha
por dentro. E foi isso que matou nossa filha', disse Gina que, junto ao
marido, disse que não sabia que Sarah estava tomando a substância
'extremamente perigosa'.
'Só descobrimos depois dos resultados do relatório toxicológico', afirmou a mãe da jovem.
Além
do DNP, a estudante de medicina também estava tomando um remédio para
tratar bulimia, que pode ter como efeito colateral o aumento da
temperatura corporal. Na avaliação da mãe de Sarah, isto pode ter
'mascarado' os sintomas letais provocados pelo DNP.
Em
um comentário na Câmara dos Comuns sobre os resultados do inquérito
sobre a morte da jovem, o primeiro-ministro britânico, David Cameron,
disse que vai discutir com o governo formas eficientes de alertar as
pessoas sobre o perigo deste tipo de substância.
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Fonte: Msn
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