Obra de indústria de bebidas era feita em Uberlândia. Cerca de 25 operários foram levados do local.
Uma operação em
Uberlândia (MG) resgatou cerca de 25 trabalhadores em condições análogas
a de escravidão. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, boa
parte dos operários é do Piauí, do município de Manoel Emídio.
Foto: MPT/MG
Arma apreendida na operação com encarregado que guardava o local
A
operação foi feita em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego e
a Polícia Militar de Minas Gerais, no dia 18. Os operários estavam em
um alojamento guardado por um encarregado, que estava com uma arma sem
registro no momento da ação e foi preso por porte ilegal.
De
acordo com o MPT, os trabalhadores era mantidos sob vigilância armada
em um alojamento de condições precárias, como falta de colchões para
todos os empregados - alguns dormiam na garagem da casa.
Os operários, segundo Ministério Público, denunciaram que a comida era azeda e havia muitos insetos no local.
“O
MPT acompanhou toda a ação e está apurando os fatos. Diante da
gravidade dos fatos apurados, serão de pronto, adotadas as medidas
judiciais cabíveis para regularizar essa situação e reparar os danos
verificados”, disse o procurador do Trabalho Paulo Gonçalves Veloso.
A
obra era de uma unidade da Ambev em Uberlândia (MG). De acordo com o
site do jornal O Tempo, a empresa disse que "o fato mencionado ocorreu
fora de suas dependências e envolve empresa subcontratada por um de seus
prestadores de serviços". Além disso, a Ambev pediu rompimento do
contrato com a Plano Pisos Industriais, que terceirizou a obra através
da empresa Marco Construções.
Ao site do mesmo
jornal, a Marco respondeu que “assim que tomou conhecimento do
episódio, em 18/10/13, passou a apurar e a implementar todas as medidas
necessárias para melhor atender aos interesses dos trabalhadores. Da
mesma maneira, tomou as providências necessárias para atender às
solicitações dos órgãos competentes. A Marco esclarece, contudo, que as
pessoas se encontravam em alojamento fora da canteiro de obras, não
tendo a empresa ou seus representantes qualquer participação no
incidente. A empresa Marco Projetos e Construções não compactua com
atitudes contrárias aos direitos fundamentais dos trabalhadores,
repudiando qualquer ilegalidade quanto às relações de trabalho.”
Com informaçõs do MPT/MG e O Tempo
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