O governo do Estado e a prefeitura de Teresina pediram ao Ministério da Saúde o envio de 359 profissionais para trabalhar no Piauí durante a pandemia do novo coronavírus.
As Secretarias de Saúde do município e do estado estão com dificuldades de contratação de pessoal. Leitos de UTIs estão parados a espera de profissionais. Um dos exemplos é o hospital de campanha do HUT (Hospital de Urgência de Teresina). Toda a estrutura está pronta, com equipamentos, e espera a apresentação de médicos intensivistas para a definição de escala de trabalho.
O secretário Estadual de Saúde, Florentino Neto, disse que está solicitando através do programa "O Brasil conta comigo" o envio de 314 profissionais. São seis biomédicos, 65 enfermeiros, 30 fisioterapeutas, 41 médicos, sete nutricionistas, dois psicólogos e 163 técnicos de enfermagem.
"É um esforço muito grande para a montagem de leitos com número superiores de toda a história do Piauí", disse Florentino.
A prefeitura de Teresina solicitou o envio de 45 médicos.
Dentro do prazo estipulado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), apenas quatro médicos intensivistas se apresentaram para trabalhar no hospital de Campanha do Hospital de Urgência de Teresina.
O prefeito Firmino Filho confirmou que solicitou ao Ministério da Saúde o envio de 45 médicos com experiência em UTI para Teresina, mas que até hoje não obteve uma resposta do governo federal.
O prefeito reconheceu que está sendo “difícil” formar essas equipes plantonistas e chegou a pedir que o senador Ciro Nogueira intercedesse junto ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazzuelo.
A prefeitura de Teresina também está fazendo uma pesquisa de mercado em São Paulo com o objetivo de contratar médicos do estado para atuarem na capital. “Nenhum dessas possibilidades está descartada”, disse o prefeito.
Firmino destacou que há um a escassez destes profissionais em todo Estado, mas que até a próxima sexta-feira (26) terá uma definição sobre como esse médicos serão contratados. Ele também citou que a Fundação Municipal de Saúde também enfrenta dificuldade para contratar técnicos em Enfermagem, que se inscreveram nos seletivos, mas que não estão se apresentando para trabalhar.
Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com
“Até sexta-feira vamos bater o martelo seja contratando gente da terra, quer seja profissionais enviados pelo Ministério da Saúde, ou contratando no mercado de São Paulo”, afirmou.
O médico infectologista José Noronha, coordenador do Centro de Operações de Emergência (COE), pontua que a medicina intensiva é relativamente nova no país e que faltam médicos especialistas para os plantões.
O Conselho Regional de Medicina disse que os “baixos salários” e Equipamentos de Proteção Individual de baixa qualidade dificultam a contratação dos médicos intensivistas.
Edição: Blog do Pessoa com informações do Cidadeverde.com
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