terça-feira, 30 de abril de 2024

PF apreende mais de R$ 1,6 milhão em operação em Teresina

 


Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em espécie durante cumprimento de mandado de busca e operação na Operação Conectados deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 30, em Teresina. O dinheiro foi apreendido em um escritório de contabilidade na zona leste de Teresina.

A Operação Conectados investiga desvios de recursos públicos federais destinados à saúde, educação e assistência social repassados a municípios do Piauí. A operação mobilizou 40 policiais federais para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e valores, sendo nove na capital Teresina e dois no município de Oeiras. Todas as medidas judiciais foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Floriano.

A investigação se iniciou a partir de relatório da CGU apontando indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício de uma empresa, que foi recentemente constituída com sede em Teresina e já foi vencedora de diversas disputas públicas em municípios do Piauí.

O trabalho investigativo revelou que o empresário à frente da empresa atua supostamente como “laranja”. Além disso, foram encontradas conexões entre ele e uma empresa de contabilidade em Teresina, que tem um agente político da capital piauiense como sócio, e também estaria envolvida nas fraudes.

As apurações evidenciaram simulação de competição nos certames, em razão de conluio fraudulento entre empresas e superfaturamento por sobrepreço, o que ensejou o sequestro de bens e valores em montante superior a R$ 2 milhões. Constatou-se, ainda, a participação de servidor público atuante na Prefeitura de Oeiras nas fraudes licitatórias.

  • Fotos: Operação Conectados da Polícia Federal no Piauí

As ações visam interromper a prática criminosa, reunir provas para fortalecer a investigação e identificar outros envolvidos, tanto funcionários públicos quanto particulares, além de recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados de setores como saúde, educação e assistência social. O inquérito policial apura o crime de frustração do caráter competitivo de licitação, além de outros que devem ser constatados no curso da investigação.

As verbas desviadas eram provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e do Fundo Municipal de Assistência Social (Fmas)

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