segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Falta de terminal central expõe descaso com usuários do transporte coletivo em Parnaíba

 


Promessas de campanha para a construção de terminais e reforma de paradas de ônibus permanecem no papel, deixando a população à mercê de condições climáticas adversas e infraestrutura precária no centro da cidade.

Falta de terminal central expõe descaso com usuários do transporte coletivo em Parnaíba

A ausência de um terminal central de transporte coletivo em Parnaíba, desde o fim dos anos 90, é um problema que gera impactos diretos e diários para a população da cidade. O projeto de campanha do atual prefeito, Mão Santa, que incluía a construção e reforma de paradas de ônibus urbanos e pelo menos dois ou três terminais para facilitar o transbordo entre veículos, permanece no papel, evidenciando um compromisso não cumprido e uma carência na infraestrutura de mobilidade urbana.

A promessa de melhorias no transporte coletivo é uma pauta recorrente em campanhas políticas, mas, em Parnaíba, as soluções não têm se concretizado. A falta de um terminal central agrava a rotina de quem depende de transporte público. Atualmente, na região da Praça Santo Antônio, no centro da cidade, a cena é de caos e desconforto, especialmente em dias de chuva, quando os usuários de ônibus ficam expostos a condições adversas. Nos dias de sol, a situação não é melhor: pessoas são obrigadas a esperar sob o calor intenso, muitas vezes por longos períodos.

O transporte coletivo é um serviço essencial, e a ausência de uma estrutura adequada reflete diretamente na qualidade de vida dos cidadãos. Sem um terminal central, não apenas o fluxo de passageiros é comprometido, como também o planejamento e a eficiência das rotas de ônibus. Além disso, a ausência de espaços apropriados para embarque e desembarque em locais estratégicos torna a viagem mais lenta, e a falta de um terminal que permita o transbordo adequado entre diferentes linhas de ônibus dificulta a mobilidade.

A situação que se vê hoje em Parnaíba é um reflexo de uma gestão que não priorizou o transporte coletivo. Embora o plano de governo de Mão Santa em 2020 tenha sugerido intervenções para melhorar a mobilidade urbana, como a construção de terminais e a reforma de paradas de ônibus, nenhuma dessas ações saiu do papel. Essa inércia não apenas frustra expectativas, como também deixa a população desamparada, submetida a uma infraestrutura deficitária e ao descaso por parte do poder público.

Em uma cidade que aspira crescer e se desenvolver, a ausência de um terminal central não é apenas um problema logístico; é uma demonstração clara de como a mobilidade urbana está longe de ser tratada como uma prioridade. E, enquanto as promessas permanecem não cumpridas, quem sofre é o povo, enfrentando a chuva, o sol e a incerteza de um transporte público que, longe de atender às necessidades básicas, ainda carece de ações concretas e efetivas.

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