Atraso no pagamento dos servidores evidencia desigualdade e falta de responsabilidade na gestão municipal
O mês de dezembro avança, trazendo consigo as luzes de Natal, o clima de confraternização e a esperança de um ano novo melhor. Mas, para os servidores comissionados e aposentados da Educação de Parnaíba, o período é de angústia e revolta. Com o salário de novembro atrasado e as rescisões contratuais ignoradas, a prefeitura está proporcionando uma dura realidade para aqueles que dependem desse recurso para sobreviver. Enquanto isso, o contraste com a opulência da administração municipal se torna uma afronta ao próprio significado do Natal.
O prefeito Mão Santa, eleito e reeleito para gerir os rumos da cidade, há muito tempo parece estar à margem de suas responsabilidades. Em seu lugar, a deputada estadual Gracinha Mão Santa, sua filha, assume as rédeas de uma administração que demonstra desorganização e falta de compromisso com os cidadãos. Na prática, Gracinha é quem comanda a prefeitura, mas é o nome do pai que carrega o peso das falhas e da indignidade imposta à população.
O atraso nos pagamentos não é apenas uma questão burocrática; é um golpe direto na dignidade dos trabalhadores que, após um ano de serviços prestados, se veem sem condições de colocar o essencial na mesa. Este não é um caso isolado de gestão financeira ineficiente. Trata-se de uma situação que reflete desprezo pelas vidas das pessoas que dependem de seus salários para o sustento de suas famílias.
Em um momento que deveria ser de união e celebração, muitos servidores estão enfrentando o drama de não poder sequer comprar alimentos para a ceia de Natal. Enquanto isso, a elite que comanda a prefeitura – com suas mesas fartas e segurança financeira – parece alheia ao sofrimento daqueles que ajudam a sustentar a máquina pública.
A falta de pagamento é vergonhosa e imoral. O calote nos servidores é mais um episódio de uma gestão que não respeita os próprios cidadãos e, em especial, os trabalhadores da Educação, que dedicam suas vidas à formação de novas gerações. O impacto não é apenas econômico, é também emocional e social, agravando ainda mais as desigualdades.
A administração Mão Santa-Gracinha deve respostas urgentes. Se há recursos para sustentar um estilo de vida privilegiado, também deve haver para pagar os servidores em dia e honrar os compromissos assumidos. A indignação da população é justa e reflete a exaustão diante de uma gestão que parece alheia aos problemas reais de Parnaíba.
Que este Natal seja, para muitos, um momento de reflexão, inclusive para aqueles que hoje ocupam o poder. Os verdadeiros líderes governam com responsabilidade, respeito e empatia. E é exatamente isso que falta em Parnaíba: uma gestão que priorize o bem-estar de sua população e não os interesses de uma elite que se perpetua no poder. O povo de Parnaíba merece mais, muito mais
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