A tragédia familiar foi originada com uma intoxicação a partir de uma substância inseticida que foi encontrada no arroz que foi consumido no almoço da família em 1º de janeiro deste ano
Por EDUARDO MACHADO
PARNAÍBA-PIAUÍ
08h34
Francisca Maria da Silva morreu na madrugada desta terça-feira (07/01) após seis dias internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba. Ela é a quarta vítima de uma intoxicação por inseticida que causou a morte de seus dois filhos: Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane Fontenele, de 3 anos; e também do irmão, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos.
Francisca Maria da Silva (vítima). Foto: reprodução. |
Em nota, o HEDA informou que o corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para os procedimentos necessários (confira a nota na íntegra, abaixo).
A tragédia familiar foi originada com uma intoxicação a partir de uma substância inseticida que foi encontrada no arroz que foi consumido no almoço da família em 1º de janeiro deste ano. O laudo do Departamento de Polícia Científica do Piauí confirmou a presença de terbufós, uma substância tóxica usada em pesticidas, no arroz consumido pela família, que foi analisado, e também no estômago de Manoel, que ingeriu o alimento com a substância.
Uma vítima segue internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). É uma criança de quatro anos, também filha de Francisca, que foi transferida via SAMU Aéreo de Parnaíba para a capital. Outra três pessoas deram entrada no HEDA em Parnaíba, mas se recuperaram e tiveram alta: o padrasto de Manoel, uma amiga de Francisca e o filho dela, e uma adolescente de 17 anos.
Francisca Maria também é mãe de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos. As duas crianças também morreram envenenadas após comerem cajus. A investigação apontou que uma mulher teria colocado chumbinho nas frutas e deu para as crianças. Eles chegaram a ser internados no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiram e faleceram. A investigada no caso segue presa.
Nota à Imprensa
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) lamenta profundamente o falecimento de uma paciente adulta ocorrido na terça-feira (7), em decorrência de um suposto caso de envenenamento. A paciente estava sob os cuidados da instituição desde o dia 1º, e o óbito foi constatado por volta das 3h07.Após a confirmação do falecimento, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos necessários.Neste momento de imensa dor, expressamos nossas sinceras condolências à família da paciente e reafirmamos que a equipe multidisciplinar do HEDA trabalhou com total dedicação, seguindo todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento durante sua permanência na unidade.O HEDA reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população, assim como com a transparência em suas ações. Em conformidade com a legislação vigente sobre privacidade, não serão fornecidos detalhes adicionais sobre o caso.Atenciosamente,Dr. Carlos TeixeiraDiretor Técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)
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