Estação Floriópolis |
A reforma feita pelo Iphan (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) na antiga e histórica Estação
Ferroviária de Floriópilis foi concluída e ficou realmente digna dos
parnaibanos, mas o problema é a via de acesso que praticamente inexiste. Após
sair da BR 343 o turista vai se deparar com uma estrada de terra e que no inverno
tem muita lama entre o Jardim Vitória até chegar a estação. Esta é uma questão
que precisa ser sanada para tornar a estação em um verdadeiro ponto turístico.
Além da construção da via de acesso a
estação, também precisa ser colocada uma placa indicando o local preciso para
entrar, pois muitos turistas deixam de ir até lá simplesmente por não saber a
entrada e outros por desconhecer a existência dela.
Por muito tempo este local ficou
abandonado e a reforma o transformou em um dos pontos turísticos de Parnaíba
mais singular, por ser afastada, a visitação não é tão frequente. A estação é
uma edificação pequena, com planta simples, composta por um único cômodo sobre
uma plataforma rampada, possui um trabalho de escaiola nas suas paredes e
forro, é uma obra simples, porém bastante trabalhada. Quem tiver a oportunidade
de visitar vai se surpreender a estação de Floriópolis é um convite ao passado
e apesar do acesso, vale apena conferir.
Histórico completo
da Estação de Floriópolis:
A estação de Floriópolis foi
inaugurada no dia 1º de maio de 1922, com a linha entre Luiz Correia e Cocal.
Fica entre Parnaíba e Luiz Correia, antes da ponte metálica que separa os dois
municípios. "Apesar de localizada próxima ao conjunto residencial Jardim
Vitória, portanto fora dos limites do Centro Histórico de Parnaíba, a Estação
Floriópolis merece ser destacada, pois é a representação dos anos áureos do
transporte ferroviário no estado do Piauí. Ela integrou a Estrada de Ferro
Central do Piauí e foi construído na primeira década do século XX para servir
de ponto de embarque no trecho Parnaíba-Luis Correia.
Dezenas de trabalhadores da EFCP
abriram caminho para o mar e auxiliaram na construção da ponte sobre o Rio
Portinho, que ligava as duas cidades. Floriópolis foi uma das mais antigas e
movimentadas estações da região e apresentava, além do prédio de embarque, uma
Casa de Turma (local de trabalho e alojamento dos funcionários). O trabalho era
gerenciado pelo chefe da estação ou feitor, cuja residência localizava-se ao lado
da estação. O trem saía de Parnaíba, passava por Catanduvas (antigo aeroporto),
Estação Floriópolis, Pau d'Arco (próximo ao Country Club) e Bela Mina (ponte
metálica na divisa dos dois municípios) para então chegar a Estação Central de
Luis Correia. Havia também uma estação (hoje totalmente destruía) na praia de
Atalaia e nos finais de semana o trem fazia várias viagens com centenas de
banhistas de Parnaíba a praia de atalaia em Luis Correia.
Em 1974, o trecho foi desativado,
permanecendo ativa por mais alguns anos apenas a linha Parnaíba-Teresina.
Atualmente, a estação é parte de um espólio abandonado e encontra-se em péssimo
estado de conservação. Ao longo dos trilhos, é possível encontrar outras
pequenas estações, galpões, pontos de embarque, todos igualmente abandonados e
deteriorados. “Somente a casa do chefe da estação, habitada pela família de um
antigo feitor, está parcialmente conservada” está de pé, sendo um curioso
exemplo de arquitetura eclética para uma pequena parada, talvez o único exemplo
desse tipo no Brasil.
Aos domingos o trem fazia quatro
viagens, saindo de Parnaíba, passando pelo Catanduvas, Floriópolis, Pau d'Arco,
Bela Mina e Luis Correia e Praia de Atalaia.
fonte: Jornal da Parnaíba
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