A
revista “Sem Semente”, publicação de ativistas em defesa da
legalização da erva, chega a Fortaleza nesta quinta-feira, 14, com
informações sobre estudos e mudanças na legislação quanto a erva no
Brasil e no exterior e com dicas para o cultivo próprio.
De acordo o responsável pela distribuição na Capital, José Pinheiro Júnior, 22, a revista é uma iniciativa de um grupo de ativistas de todo o Brasil que luta, há oito anos, pela legalização da maconha.
De acordo o responsável pela distribuição na Capital, José Pinheiro Júnior, 22, a revista é uma iniciativa de um grupo de ativistas de todo o Brasil que luta, há oito anos, pela legalização da maconha.
A Sem Semente é a primeira revista brasileira sobre a cultura canábica e será vendida a R$ 11,90. “A revista chegou hoje (quarta-feira, 13) e estamos realizando a contagem, mas vai estar disponível para vendas amanhã na banca Avenida Show, localizada na Avenida Dom Luís”, afirma.
Além de ser distribuidor, Júnior é ativista da causa e ajudou na organização da Marcha da Maconha em Fortaleza. Ele planeja aumentar a distribuição dos exemplares no Interior. “Vamos divulgar no Interior quando estiver com mais estabilidade”, informou.
Apologia
O ativista acredita que as dicas de cultivo da maconha não fazem apologia ao uso de drogas, em virtude de que para cultivar a erva em casa é preciso da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “As revistas de armas ensinam a manuseá-las, mas as pessoas só podem ter uma arma em casa com autorização do Ministério da Justiça”, compara o jovem. “O nosso objetivo é estimular aos usuários que eles parem de comprar pelo tráfico porque eles vão enfraquecer o crime organizado”, completa.
O advogado criminalista Paulo Quezado, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE), concorda. Segundo ele, a publicação das dicas não pode ser considerada apologia ao crime. "A própria Comissão Reformadora do Código Penal Brasileiro já está descriminalizando, não há como punir alguém que diz que pode cultivar, porque o usuário não passa mais por reprimenda", afirma.
Fonte: JANGADEIRO
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