Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Os dois alvos da Operação Luz na Infância, realizada nesta terça-feira (6), compartilhavam vídeos de pornografia infantil através de aplicativos específicos para “driblar” as investigações da Polícia.
Um homem de 40 anos foi preso em Teresina e dois mandados de busca e apreensão cumpridos nesta terça-feira (06) em Teresina.
O delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática (DRCI), informou que o preso já prestou depoimento e confessou o crime.
“É uma situação tão vexatória que ele acaba querendo se desculpar. Ele fez a promessa de nunca mais ser conduzido a uma unidade policial por essa prática, mas não é o que vemos na história da literatura em outros estados”, destacou o delegado.
Os alvos são moradores da zona Leste de Teresina e possuem emprego fixo.
“O preso armazenava grande quantidade de conteúdo criminoso. São vídeos que são trocados pelos usuários da internet na maioria das vezes de forma gratuita. Por meio de plataformas diversas”, acrescentou o delegado.
Segundo o delegado, há um nicho específico desse grupo que ataca a dignidade de crianças e adolescentes.
“Nenhum dos dois são reincidentes. A primeira vez que esse homem foi preso. Inclusive é uma pessoa que tem trabalho formal, trabalha no comércio e mora em uma boa residência, mas praticou a conduta de armazenar esses conteúdos indevidos”, destacou Anchieta Nery.
O segundo suspeito, onde a Polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão, ainda está sendo investigado.
“[Encontramos com ele] apenas a conexão de onde partiu e de lá foram apreendidos alguns eletrônicos para serem submetidos à perícia. Após o laudo é que podemos fechar a investigação”, informou o delegado.
“Só tínhamos esses dois alvos? Não! São os dois que a investigação estava madura para cair na fase ostensiva. Existem uma série de outras investigações que com o tempo vamos amadurecer”, completou.
Orientação ao pais
O delegado Anchieta Nery aproveitou a oportunidade para orientar os pais de crianças e adolescentes que têm acesso à internet. Segundo o delegado, os pais têm a obrigação de acompanhar o que os filhos estão fazendo na rede mundial de computadores.
“O abusador vai buscar seu filho onde ele está. Não é na deep web ou fórum oculto. Onde seu filho está? É na rede social, fórum de jogos online. Não permita que seu filho esteja jogando online e conversando com outras pessoas sem que você tenha conhecimento”, alertou o delegado.
Nataniel Lima
redacao@cidadeverde.com
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